Rancho Típico de Alvorge
O Rancho Típico de Alvorge pertence à Secção de Folclore do Centro Social, Cultural e Recreativo de Alvorge e teve a sua fundação em 1984, por iniciativa de um grupo de pessoas que entendiam que as tradições da sua região deviam ser preservadas e divulgadas. Assim, foi feita uma exaustiva pesquisa e recolha dessas mesmas tradições e património etnográfico, que hoje se pode apreciar nas representações deste grupo. É composto por cerca de 50 elementos que têm trabalhado com empenhamento e dedicação para o cumprimento dos objectivos traçados pelos fundadores.
Pretende este Rancho representar, com a maior fidelidade possível, a forma como o povo desta região trajava, cantava e dançava em finais do século XIX, entre outras vivências que ficaram gravadas na memória do tempo.
Relativamente a trajes, tem este grupo em seu poder, devidamente preservados, alguns trajes originais, dos quais foram feitas cópias e outros que foram feitos por fotografias antigas que fazem parte do seu arquivo. Assim, estão representados trajes senhoriais, domingueiros e de trabalho que pretendem dar uma panorâmica sobre as mais variadas actividades do quotidiano da vida rural das nossas aldeias. Deles podemos destacar os moleiros, a apanha da azeitona e a pastorícia, actividades marcantes nesta região.
Relativamente a danças, predominam as danças de roda, no entanto encontram-se também outras coreografias menos comuns, tais como, viras, fadinhos e modas a dois passos. Quanto a cantares, tem este Rancho quatro gravações discográficas.
Participou em alguns programas televisivos e tem organizado Festivais de Folclore nacionais e ibéricos, bem como, vários Colóquios de âmbito regional, onde têm sido debatidos temas importantes sobre a realidade etno-folclórica.
Tem ainda feito várias recriações etnográficas, como o cantar das Janeiras, o dia da espiga, a matança do porco, etc., bem como, participado em variadíssimos festivais de folclore nacionais e internacionais e em outros eventos culturais, quer no nosso país, quer no estrangeiro, onde já representou a cultura portuguesa por dezenas de vezes.
Com o objectivo de incentivar as gerações mais novas a aderirem ao folclore, tem este grupo, desde 2010, uma Escola Infantil de Folclore onde participam dezenas de crianças.
Para complementar a sua actividade ao serviço do Folclore, tem, desde 2014, um Centro Etnográfico, onde estão preservadas e expostas ao público cerca de 800 peças que fizeram parte da vivência do povo da sua terra durante centenas de anos.
É membro efectivo da Federação do Folclore Português e da Associação Regional de Folclore da Região de Leiria e Alta Estremadura.
Desta forma, tendo consciência da responsabilidade que lhe compete na preservação da cultura popular da sua região, continua a trabalhar para aquilo em que acredita, tentando aprofundar cada vez mais os seus conhecimentos sobre a maneira de viver dos seus antepassados.